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O mundo em 2050

By 7 de março de 2012 janeiro 14th, 2019 2 Comments

Enquanto a expectativa de vida humana não chega aos mil anos, a fim de conhecer um futuro aquém, a empresa alemã de logística – Deutsche Post DHL – divulgou um estudo intitulado “Delivering Tomorrow: Logistics 2050” (Realizando o amanhã: Logística 2050, em tradução livre), com o objetivo de prever o futuro do comércio, negócios e sociedade em um intervalo de 40 anos. Para isso, contou com a ajuda de instituições como o Fórum Econômico Mundial, o grupo GFK e o Greenpeace.
O estudo examina cinco diferentes cenários da vida no ano de 2050:

 

Cenário 1
Economia indomada – colapso iminente

O mundo em 2050 é caracterizado pelo materialismo desenfreado e pelo consumo. O paradigma entre crescimento econômico predomina sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, que tem sido rejeitado. As barreiras comerciais foram eliminadas e floresce o comércio global. O poder econômico global mudou para a Ásia e os ex-países “emergentes” têm superado o Ocidente. A super-rede mundial de transporte garante a troca rápida de mercadorias entre os vários centros de consumo. Esta indomada economia, impulsionada pelo estilo de vida insustentável e a exploração descontrolada dos recursos naturais, carrega as sementes da sua própria morte: desastres naturais ocorrem com mais freqüência e causam rupturas nas cadeias de abastecimento.

 

Cenário 2
Megacidades

Neste mundo de 2050, as megacidades são um dos principais impulsionadores e beneficiários de uma mudança de paradigma para o crescimento verde. Para superar os desafios da expansão das estruturas urbanas, como congestionamentos e emissões, elas se tornaram campeãs de colaboração, promovendo o comércio aberto e os modelos de governança global, em parceria com instituições supranacionais.

A robótica tem revolucionado o mundo da produção e de serviços. Os consumidores mudam de hábitos: os produtos agora são, em sua maioria, alugados, em vez de comprados. Conceitos de tráfego altamente eficiente, incluindo transporte de carga no subsolo e novas soluções para os transportes públicos, têm aliviado o congestionamento.

Em contraste com a situação nas cidades, os serviços logísticos disponíveis em áreas rurais remotas são pobres. Em conglomerados maiores, estações de coleta centrais são a principal opção de entrega de produtos encomendados online. Em resposta à “desmaterialização” do consumo, empresas de logística oferecem opções  para alugar e compartilhar serviços, bem como para a transferência de dados segura.

 

Cenário 3
Estilo de vida personalizado

Neste mundo de 2050, a individualidade e o consumo personalizado são dominantes. Os consumidores têm o poder de criar, projetar e desenvolver seus próprios produtos. Isto leva a um aumento nos fluxos comerciais regionais.

Novas tecnologias de produção, tais como impressoras 3D, aceleram a tendência de personalização e permitem que países em desenvolvimento ultrapassem os padrões clássicos de produção industrial. No entanto, o crescimento da produção de produtos personalizados aumentou o consumo global de energia e de matérias-primas, o que coloca o clima da Terra em iminência de um aumento de 3,5 ° C até o final do século.

 

Cenário 4
Protecionismo paralisante

Neste mundo de 2050, as dificuldades econômicas, combinadas com a ascensão do nacionalismo e de barreiras protecionistas, revertem a globalização. Os recursos são escassos, o desenvolvimento tecnológico está prestes a estagnar e as economias estão hesitantes.

O comércio sofre com a falta de investimento no desenvolvimento de infra-estrutura e manutenção. Os altos preços de energia e de recursos, já escassos, provocam dramáticos conflitos internacionais sobre os depósitos desses recursos. Nestas circunstâncias, não há esforços internacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e o clima da Terra está no caminho certo para um aumento da temperatura em 3,5 ° C até o final do século.

 

Cenário 5
Resiliência Global – Adaptação Local

Este é um mundo inicialmente caracterizado por níveis elevados de consumo, graças à produção barata e automatizada. No entanto, a mudança climática acelerada e o conseqüente aumento de desastres naturais está causando interrupções nas estruturas de produção, bem como falhas de fornecimento para todos os tipos de mercadorias. Assim, o novo paradigma econômico não é mais sobre como maximizar a eficiência, mas sim como reduzir a vulnerabilidade e criar estruturas robustas e resistentes.

 

Particularmente, espero que algumas dessas previsões não venham a se realizar. Quarenta anos é um bom tempo para, ao menos, tentar reverter as previsões menos otimistas.

Abraço,

Ale.

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