Vamos fazer alguns cálculos. O dia tem 24 horas, sendo que em média estamos 8 horas inconscientes (dormindo). Das 16 horas que sobram, no mínimo metade deste tempo utilizamos para o trabalho. Passamos metade de nosso dia consciente trabalhando. Praticamente metade de nossas vidas estamos e estaremos trabalhando. Se você é daqueles que acredita em trabalhar para construir um patrimônio para só depois desfrutá-lo, talvez quando aposentado, infelizmente iremos decepcioná-lo(a).
A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente. É o que afirma Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living”, ainda sem tradução para o português. Albion concedeu uma entrevista à Revista Você S.A., onde comentou a pesquisa que realizou sobre o assunto. Ele investigou a vida de 1.500 profissionais que obtiveram seu diploma de MBA (Master in Business Administration) nas melhores escolas americanas há 20 anos. Quando fizeram sua primeira opção de emprego após o curso, 83% (1.245 pessoas) afirmaram que ganhariam dinheiro primeiro, para depois fazer o que realmente desejavam. Escolheram o emprego por causa do salário. O restante, 17%, disse que faria aquilo que realmente lhe interessava, independente da questão financeira. Vinte anos depois, os resultados são surpreendentes: entre os 1.500 pesquisados, Albion encontrou 101 multimilionários. Apenas um deles pertence ao primeiro grupo. Os outros 100 faziam parte do segundo, de 255 profissionais que seguiram sua paixão. A experiência mostra que as chances de ficar milionário fazendo o que se gosta são 50 vezes maiores de quem trabalha apenas para ganhar dinheiro.
Fazer o que gosta é uma equação de paixão + dedicação que tem por conseqüência resultados acima da média, principalmente financeira na vida profissional e qualidade de vida na pessoal. As empresas querem profissionais assim e os profissionais querem ser assim, mas a ilusão da busca inconsciente de que “ganhar dinheiro” é mais importante do que o “como ganhá-lo” frustra muita gente. Não inveje pessoas felizes e bem sucedidas, aprenda com elas.
Abraços,
Eduardo M. Borba
Fonte: trecho retirado de Você S/A.
Muito bom o texto!
obrigado Jeff
Acho que esse é o principal papel de um grande líder – Inspirar pessoas num propósito apaixonante que concilie interesses pessoais e da organização que representa.
Concordo com você Guilherme.
Eu faço o que gosto 🙂
(espero que gostem do que faço!)
esperar que gostem do que você faz ou fazer com que gostem do que você faz?
Caro Eduardo excelente texto, sempre acreditei nisso e sabemos como é difícil conciliar estes dois resultados, mas o profissional que tem este objetivo deve busca-lo sem limites só assim valerá apena. O gestor tem este importante papel, identificar nos profissionais o que gostam de fazer e direciona-los a está tarefa quando possível, claro que nem sempre as companhias consegue esta dadiva. Abs…
É Oébier, este é o desafio dos profissionais, mas principalmente das empresas em criar este ambiente realmente produtivo. Abs
Muito interessante o texto, porém como não dá pra prever o futuro, muitas vezes é necessário correr atrás do dinheiro também.
Esse é o principal desafio, o EQUILÍBRIO.