Aproximadamente 21.800.000 de resultados em 0,07 segundos. É isso que o Google nos apresenta quando “Leonardo Da Vinci” é digitado no buscador. Realmente ele é famoso. A maioria das pessoas lembra deste nome por causa do quadro pintado por ele chamado Gioconda, mais conhecida como Mona Lisa. Mas poucos sabem que este renascentista italiano também se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Se hoje Da Vinci fosse cursar Artes Visuais e Economia ao mesmo tempo seria criticado por falta de foco.
Ainda é forte a cultura do profissional especialista e sem dúvida precisamos deles em diversas situações. Agora, no design a especialização pode ser perigosa. Exercitar demais o lado direito do cérebro é o mesmo que se distanciar da multidisciplinaridade, ou seja, da essência da atividade de design. Neste sentido o equilíbrio é fundamental para ampliar o repertório e facilitar a veia criativa para solucionar problemas complexos. Por isso o lado lógico deve ser estimulado também. É comum aparecer para designers o Briefing “reduzir custos e melhorar o produto/serviço/marca para aumentar as vendas e margem de lucro”. Este Briefing será resolvido de uma forma mais simples e ágil se além da metodologia de projeto o designer compreender a cadeia da gestão empresarial deste tema (marketing, vendas, suprimentos, logística, finanças, ROI, etc) somado com as necessidades, anseios e comportamento de tal consumidor.
O mercado quer inovações, resoluções de problemas, aumentar a competitividade. A probabilidade de atender estas necessidades aumenta proporcionalmente com o equilíbrio entre o lógico e o intuitivo. Diferente de outras atividades, o design não é uma profissão, é um estilo de vida. A evolução do design está no sair em certos momentos do próprio design e mergulhar no universo lógico que o ronda. Portanto, multidiscipline-se!
Abraços,
Eduardo M. Borba