Mountain View, cidade de 70 mil habitantes, sendo que 10 mil trabalham no Google. Esta cidade high-tech é a cidade da sede do Google. O que me levou à esta cidade calma e charmosa foi o convite de Vinícius Roveda, CEO da ContaAzul. A ContaAzul é uma startup que está em uma das melhores aceleradoras deste modelo de empresa do mundo, a 500 Startups, que está sediada também em Mountain View. No único prédio da cidade, no 11º andar, estão diversas empresas de alto potencial de crescimento. Vindas de diversas partes do mundo, através de uma rigorosa seleção, estas empresas estão sendo preparadas para amadurecerem, receber capital de investidores e crescer da forma que já vimos e vemos, como Facebook, YouTube, Google, entre outros. Aqui, tivemos o previlégio de ver diversas inovações e empresas que serão sucesso no mercado em um futuro muito breve.
No andar da 500 Startups é possível ver um pouco (ou muito pouco) da estação da NASA, onde são realizados diversos testes (foto abaixo, ao fundo).
Fiquei impressionado com o conceito da incubadora, bem semelhante, senão igual, ao ambiente de design. Aqui o que parece bagunçado ou uma desordem na verdade faz parte da cultura criativa do Vale do Silício. Na cultura corporativa do Brasil parece ainda que este modelo, este ambiente, gera a percepção de falta de qualidade ou credibilidade perante ao mercado. Enfim, os politicamente corretos que me desculpem, mas muitas das empresas avaliadas em bilhões de dólares hoje foram ou ainda são assim.
Segundo Vinícius, as Startups que passaram no processo de seleção já entraram na incubadora avaliadas em não menos que US$ 1 milhão cada. Agora uma pergunta: qual é o profissional mais valorizado aqui no Vale? É com grande satisfação que respondo: o DESIGNER! Sim, tanto o processo de design quanto o profissional desta atividade estão no topo da cadeia alimentar empreendedora aqui.
Um dos temas na conversa que tive com Vinícius(que desde já agradecemos pela atenção que cedeu de seu tempo e da equipe da Conta Azul), foi que ambos concordamos que no Brasil há muito espaço para a atividade de design, mas existe uma necessidade de injetar uma grande dose de empreendedorismo, de gestão na atividade. Concluo desta forma que, em nosso país existe o ambiente e os personagens para ter um grau de evolução sócio-econômica mais efetiva e ágil. De um lado milhares de empresas precisando inovar, mas desconhecendo a importância do design. E do outro lado, muitos designers, mas sem entendimento de gestão/business. Agora já sabemos um pouco da tarefa de casa. Então, mãos à obra! Até o próximo post!
Abraços,
Eduardo M. Borba