Não existe consenso quando o assunto é a origem da bicicleta. Há indícios que remontam para a China de 2.500 anos atrás e um projeto de Da Vinci do século XV, mas oficialmente a bicicleta como a conhecemos surgiu em 1817 com o barão Karl Von Drais. Reza a lenda que o barão foi ridicularizado por seu produto não cair no gosto do povo.
Quase duzentos anos depois, a invenção provou-se eficiente e democrática. Os modelos variam de preço e estilo, abrangendo um público que vai do menos ao mais abastado, do tradicional ao high-tech.
Com um custo de fabricação em torno de R$ 30, o israelense Izhar Gafni desenvolveu e construiu por conta própria uma bicicleta de papelão. Desacreditado inicialmente por engenheiros que diziam ser um feito impossível, Gafni já pensa em comercializar sua criação que, sim, deu certo. Ela é resistente, podendo carregar pessoas de até 140kg, e pode ser usada na chuva, pois o papelão recebe uma camada de resina.
No vídeo é possível acompanhar a construção da bicicleta e entender como o papelão torna-se resistente:
A Bambucicleta é uma bicicleta de bambu desenvolvida por um brasileiro que vive na Dinamarca. É o que podemos chamar de bicicleta sustentável, pois não favorece apenas o meio ambiente, mas também a sociedade. Há um projeto em São Paulo que produz essas bicicletas e as distribui a alunos de CEUs (Centro Educacional Unificado), para que se desloquem até a escola, acompanhados por monitores.
Abaixo um vídeo da palestra de Flávio Deslandes, criador da Bambucicleta, no qual explica o processo de concepção e desenvolvimento do produto. Acho particularmente interessante a declaração no início do vídeo sobre a harmonia que existe no trânsito dinamarquês, onde a bicicleta é bastante utilizada e respeitada pelos condutores dos demais veículos.
Projeto semelhante existe em Gana, o Bamboo Bike Project. A universidade americana de Columbia fez uma parceria com um grupo de dez ganenses, que produzem as bicicletas (com tecnologia e equipamentos americanos) e as vendem por US$ 65, mais barato que os modelos chineses disponíveis por lá.
Quem curte tecnologia e não dispensa uma pedalada pode se satisfazer com opções de bicicleta elétrica, tendo modelos que contam inclusive com internet e compatibilidade com gadgets.
A Faraday Porteur tem estilo retrô, mas é elétrica e sua bateria fica oculta no interior do quadro, tendo alcance de até 15km e podendo ser recarregada em 45 minutos. Possui LED dianteiros e traseiros que ligam e desligam automaticamente e pedal elétrico. Essa bicicleta ganhou o concurso de design Oregon Manifest em 2011, mas o mais interessante é que os responsáveis por sua criação estão angariando fundos por meio de uma plataforma de crowdfunding, a fim de viabilizar sua produção.
Por fim, a fabricante de automóveis Audi apresentou em maio, no Wörthersee 2012, um protótipo de bicicleta motorizada, com fibra de carbono e rede Wi-Fi. Ela foi totalmente desenhada pelos designers da Audi e é o que há de mais inovador no segmento. Com capacidade para viajar até 70 quilômetros a uma velocidade máxima de 80 km/h, por meio de um motor elétrico que produz 2,3 kW de potência, o modelo conta com cinco modos de funcionamento, podendo o ciclista escolher outros modos por meio do smartphone. Possui ainda um computador de bordo que mostra a velocidade, a distância percorrida, a carga da bateria, o consumo de energia e o ângulo de inclinação.
http://www.youtube.com/watch?v=UA0bN_G90bc
Gostou? Motivos para usar uma você tem de sobra, faz bem para a saúde, faz bem para a cidade, faz bem para o bolso! Falta apenas uma atenção especial do governo e mais respeito por parte de quem não usa bicicleta (e de quem usa também, por que não?). Cada um fazendo sua parte, todos saem ganhando!