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Empresa 2.0

By 20 de maio de 2011 2 Comments

A administração do futuro próximo será mais voltada à inovação. Esta tendência será mais perceptível em países emergentes como o Brasil, que aos poucos transformará seus commodities em produtos de alto valor agregado com a colaboração da Economia Criativa (tema que abordaremos mais à frente).  A tolerância a erros permitirá gerar mais e melhor conhecimento para melhorar a competitividade das empresas. Quanto mais rápido as empresa errarem, mais rápido acertarão. Ambientes físicos e psicológicos propiciarão o desenvolvimento e lançamento de constantes inovações. A sustentabilidade em todos os aspectos que envolvem as empresas será definitivamente rotina. Hierarquias rígidas serão substituídas pela flexibilidade, funcionários poderão escolher com que projetos e com quais líderes trabalhará. Saber lidar com o imprevisível e ter respostas em tempo real será uma nova habilidade a ser desenvolvida. Ainda não existe métodos para prever o imprevisível, talvez o método será não ter método algum. O intangível valerá mais que o tangível, isso quer dizer que as marcas e conhecimento valerão mais do que os patrimônios físicos das empresas.

 A chegada das redes sociais e a inclusão da internet em todas as classes transferirão cada vez mais o poder das organizações para os consumidores. Transparência será um requisito básico para a sobrevivência de marcas no mercado. Com a massificação das compras on-line o relacionamento e a proximidade das marcas com o consumidor desafiarão o varejo físico. Os pontos de venda e lojas-conceito servirão mais como laboratórios para os consumidores do que simplesmente um ambiente de compra, que é o resultado esperado a partir da experiência presencial. Experiências inovadoras marcantes, vitrines tecnologicamente inteligentes, ambientes agradáveis, consultores altamente capacitados ao invés de vendedores tradicionais deverão ser o padrão. Este perfil de varejo ajudará o relacionamento marca-consumidor, compensando o distanciamento físico gerado pela internet.

A mobilidade já é uma realidade. Uma empresa poderá estar dentro de uma mochila contendo smartphone, notebook, tablet, dentre outros recursos para se realizar diversos tipos de trabalho. Com os desafios de transporte e logística urbana os profissionais terão a tecnologia como aliada. As estruturas empresariais, quando existentes, terão uma arquitetura sustentável com a disposição de mobiliário que permite trabalhar em qualquer local dentro do ambiente. Escritórios híbridos com salas de reuniões, espaços informais e confortáveis para conversas rápidas e que estimulam o trabalho remoto, dão-nos uma imagem da Empresa 2.0.

Diante de tantas mudanças e tendências, a função das empresas na sociedade, que é de atender necessidades e anseios de um público, gerar empregos, contribuir para a sustentabilidade sócio-econômica de um local e mundial e proporcionar qualidade de vida para a sociedade ainda continuará neste formato. O que mudará é o como se chega nestes resultados.

Por décadas o mundo da administração esteve parado no tempo. No mundo em que vivemos hoje, como já dizia Albert Einstein, é insanidade fazer a mesma coisa sempre e esperar resultados diferentes. É hora de colocar o design na posição onde ele deve estar. Designers do mundo inteiro desenvolvem ótimos produtos e serviços para as organizações. Chegou a hora do Design da Gestão, no qual os designers desenvolverão novos modelos de administração para as empresas continuarem a ser competitivas e sustentáveis. Para quem se interessa nesta linha de pensamento, Roger Martin pode ajudá-lo a compreender mais o potencial do design como centro da estratégia empresarial.

O que vai levar empresas ao sucesso é definitivamente entender que, aquilo que trouxe as melhores empresas até aqui ao sucesso, não necessariamente será o que as levará às próximas décadas.

Abraços,

Eduardo M. Borba

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