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De volta à 1956

By 20 de março de 2012 janeiro 14th, 2019 No Comments

Alguém lembra da trilogia “De volta para o futuro”, os filmes em que Doc Brown e Marty McFly viajavam com a máquina do tempo? Pois bem, a situação em que o Brasil se encontra é semelhante a trilogia. A diferença é que não temos o DeLorean para avançar para o futuro, pois voltamos à ter uma capacidade igual a do passado.

Para se ter uma noção da regressão competitiva que está ocorrendo no país, vamos à alguns fatos. A participação da indústria brasileira no PIB (Produto Interno Bruto) verde e amarelo, recuou aos níveis de 1956. Época em que Juscelino Kubitschek (1902-1976) deu o empurrão na industrialização do Brasil com seu Plano de Metas, que tinha a promessa de fazer o país avançar 50 anos em 5. Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), praticamente 20% dos produtos industriais consumidos no Brasil em 2011 foi importado.

Falando em Plano de Metas, lembramos que atualmente o governo brasileiro lançou o Plano Brasil Maior, com objetivo de melhorar e aumentar a competitividade local e global, principalmente através da inovação. Agora, como este Plano funcionará se recentemente o próprio governo cortou aproximadamente 22% de verbas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), órgão fundamental para fomentar a inovação, a competitividade?

A bolha da desindustrialização está prestes a explodir e a disritmia entre discurso e prática só está ajudando para acelerar este processo que produz desemprego e caos em toda cadeia empresarial. Conclusão, você que está lendo este singelo texto, assim como todos os brasileiros que fazem parte da cadeia empresarial, estão com os seus empregos ameaçados por esta bagunça liderada pela política.

Para quem acredita no país é preciso deixar o estereótipo do brasileiro que reclama do governo, impostos, concorrentes, etc e usar este tempo e energia para inovar no seu trabalho, para sua empresa. Não adianta, se você quer ver as coisas melhores é você que tem que botar a mão na massa, pois já vimos o resultado de depender somente do nosso governo tupiniquim. Caso não acredite no Brasil e em mudanças de curto prazo que você mesmo pode realizar, é melhor escolher outro país no qual se identifique. E a última opção seria esperar a máquina do tempo ficar pronta, mas enquanto isso não acontece a melhor alternativa é cada um fazer o seu melhor.

Abraços,

Eduardo M. Borba

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